Ao contrário do que muitos afirmam, a fotografia não mostra, nem tem de mostrar, a realidade. A fotografia, da forma como eu a persigo, representa um ato de criação, uma resposta aquilo que a natureza coloca diante de mim e à forma como eu a vejo e a sinto.
Sempre tive uma paixão pelo impressionismo, de Manet a Van Gogh, de Debussy a Ravel. Tal como na pintura, em que a luz e o movimento se tornaram no principal elemento do impressionismo, também na fotografia é possível captar esse sentimento. Um sentimento desprovido de preconceito, sem um compromisso com a realidade. Não interessa a paisagem em si, mas sim a sua representação e aquilo que eu quero mostrar.